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sábado, agosto 12, 2006

 

...O TEMPO PASSADO...


O TEMPO PASSADO

Houve tempos
Em que a mão erguia uma lanterna
E a noite se afastava um pouco, devagar.
Não se anulava.
A noite e o dia abriam sulcos para o silêncio como um rio
E a nosso lado caminhava sempre um espaço aberto.

Eu não recordo mas dizem
Que partíamos e voltávamos à casa
Como o sangue parte e volta ao coração.
Mar não havia
Mas pisávamos violetas.

A cama em que dormíamos era a do parto e a da morte,
O pão era solene
E a aurora familiar.

Nossos corpos então eram como jacintos
Vindos da terra lenta,
Lentos sob o abraço do linho.
O amor era tão longo –
Tão curto o desvario.
Ah dêem-nos dêem-nos de novo
Aqueles corpos ignorantes e densos
E ouvidos para o silêncio
E boca para acreditar.


Maria da Saudade Cortesão






sexta-feira, agosto 11, 2006

 

...quando chega...a SAUDADE...

a saudade…


está aí…é imensa…
na sua versão
mais intensa…
de climas
com intenção
a dois participada
plena de emoção
troca de afectos
junto a comoção
momentos
que marcam
e sempre se recordam
com um sorriso
enternecido
no fundo do coração!


Bedina
2006

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