sábado, dezembro 01, 2007
...veio devagarinho...
o manto que me cobriu…
branco, suave, denso,
doce e muito leve…
veio como que por acaso
ao abrigo da luz da tarde
nem avisou para não assustar…
surpreendida com tanta alvura
perguntei-me várias vezes
porquê eu e nesta altura?
o frio que o coração sentia
de facto, desapareceu…
bordado no manto vinham estrelas
brilhantes inquietantes,
muito parecidas com as do céu,
segredando-me louvores,
lisonjas? não me pareceu…
dirigiam-se aos meus valores!
senti-me então aquecida
acalentados os meus desejos
de ver que não estava esquecida
a luta da vida por eles sofrida,
sossegou a minha alma
são estes valores que pretendo
ver transmitidos e aprendidos
sem os quais
passar por este mundo não faz sentido!
branco, suave, denso,
doce e muito leve…
veio como que por acaso
ao abrigo da luz da tarde
nem avisou para não assustar…
surpreendida com tanta alvura
perguntei-me várias vezes
porquê eu e nesta altura?
o frio que o coração sentia
de facto, desapareceu…
bordado no manto vinham estrelas
brilhantes inquietantes,
muito parecidas com as do céu,
segredando-me louvores,
lisonjas? não me pareceu…
dirigiam-se aos meus valores!
senti-me então aquecida
acalentados os meus desejos
de ver que não estava esquecida
a luta da vida por eles sofrida,
sossegou a minha alma
são estes valores que pretendo
ver transmitidos e aprendidos
sem os quais
passar por este mundo não faz sentido!
Bedina
2007
quarta-feira, novembro 28, 2007
...caminhando...
pelo longo corredor da vida
arrastam-se as penas
arrecadam-se as alegrias
transforma-se o vazio
em salas mobiladas
com recordações dum rio
incomensurável de grossas
águas não poluídas
mas cheias de construções
condignas muito elaboradas
a condizer com a arquitectura
em geral, a que se viveu,
num estilo próprio e inconfundível,
cada um tem direito ao seu…
é belo, é imponente, é feliz,
feito o seu compto total
diria que cada vida é um acto global
que se edita… não sai da memória e
apenas se transmite pela sua glória!
Bedina
arrastam-se as penas
arrecadam-se as alegrias
transforma-se o vazio
em salas mobiladas
com recordações dum rio
incomensurável de grossas
águas não poluídas
mas cheias de construções
condignas muito elaboradas
a condizer com a arquitectura
em geral, a que se viveu,
num estilo próprio e inconfundível,
cada um tem direito ao seu…
é belo, é imponente, é feliz,
feito o seu compto total
diria que cada vida é um acto global
que se edita… não sai da memória e
apenas se transmite pela sua glória!
Bedina
Novembro de 2007
terça-feira, novembro 27, 2007
...nós cegos...
nós cegos…
não se desfazem não
e é cá um apertão!…
bem se pode puxar, romper,
tirar, cortar, desembaraçar, moer…
nunca o libertarás!
mas e será que alguém é tão louco
que o tente desfazer
sabendo que é guerra perdida
e que sobeja muito pouco
então da energia dispendida?
é melhor refazer os laços fáceis
de fazer e desfazer…
assim como quem tem reservas
de muita alegria
e pouco com que se entreter!
Bedina
não se desfazem não
e é cá um apertão!…
bem se pode puxar, romper,
tirar, cortar, desembaraçar, moer…
nunca o libertarás!
mas e será que alguém é tão louco
que o tente desfazer
sabendo que é guerra perdida
e que sobeja muito pouco
então da energia dispendida?
é melhor refazer os laços fáceis
de fazer e desfazer…
assim como quem tem reservas
de muita alegria
e pouco com que se entreter!
Bedina
2007
segunda-feira, novembro 26, 2007
...sem elas no Inverno...
roseiral de Inverno…
onde estão as flores… aquelas
que me alegram os olhos
e entusiasmam logo pela manhã?
nada delas nem das verdes folhas
que a decoram e acompanham…
há frio, gelo, tempestade
as árvores despem-se
das suas brilhantes vestimentas
os troncos entrelaçam-se
mas vão nus… nada de rosas!
o veludo de cada pétala é
a reincarnação da suavidade
as cores, as tonalidades
enchem a visão de beleza
nenhuma vale mais
que esta a da natureza…
tenho saudades das minhas rosas
atravessar o Inverno sem elas
é para mim das coisas mais penosas!
onde estão as flores… aquelas
que me alegram os olhos
e entusiasmam logo pela manhã?
nada delas nem das verdes folhas
que a decoram e acompanham…
há frio, gelo, tempestade
as árvores despem-se
das suas brilhantes vestimentas
os troncos entrelaçam-se
mas vão nus… nada de rosas!
o veludo de cada pétala é
a reincarnação da suavidade
as cores, as tonalidades
enchem a visão de beleza
nenhuma vale mais
que esta a da natureza…
tenho saudades das minhas rosas
atravessar o Inverno sem elas
é para mim das coisas mais penosas!
Bedina
Novembro de 2007