quarta-feira, maio 30, 2007
...as cores da vida...
o brilho
maravilhas
flores
pinturas
telas vivas
amores
musica
construçőes
em altura
o toque
o beijo
a ternura
o encontro
furtivo
como a lágrima
que se enxuga
antes de ser
observada
em mim brilha
o amor…pleno,
de dádiva
terreno
năo transcendental
apenas simples
assim
de mim para ti
de ti para mim
Bedina
2005
terça-feira, maio 29, 2007
...EM TONS SUAVES...
...PONDERAÇÃO...
ponderação…
os anos a trazem
nem damos por ela…
mas quando chamados
sobre um problema
a dar opinião
logo surge muito senhora
da sua situação…
faz depender o nível
dos resultados de
toda a formação
vivência e observação
da vida ao pormenor…
foi necessário muita atenção
e muito olhar ao redor…
os antigos chamavam-lhe nomes
uns mais apropriados que
diziam nem sim nem não,
sendo o meio o da virtude,
aquela que de tão sábia e útil
põe água na fervura
e nunca responde de forma fútil!
nada disto fazia sentido sem
uma atitude sempre frontal
que os bons valores exigem
em momentos de interrogação
todo o conselho é formal
mas não abdica duma abordagem
que, sendo diferente, é sempre igual…
ponderado é o ser não faccioso, ajuizado
calmo, sereno, disponível e até emocionado,
desde que em porções bem calculadas,
não descorando pormenores escondidos
que serão os escolhos preferidos
das almas já de si muito abandonadas,
sofridas e quase sempre desorientadas!
Bedina
2007
segunda-feira, maio 28, 2007
...parece que foi ontem mas...
tantos dias se passaram!...
tanto de novo podia ter havido
mas não, nada no horizonte!
situação, a de sempre,
aquela que vai e vem...
que sempre está presente
no momento, naquele
de entre tantos, o escolhido,
para mostrar, para dar,
carinho, amizade, que digo?
é mais, é muito mais,
mal comparado,
mais pareço um mendigo!
que pedes tu?
mitigai-me a dor, dai-me atenção,
e se for amor...esse então, nem me atrevo,
a tal pedido, pobre de mim, mendigo!
em cada dia mais longe está a ilusão,
cair no real, que tanto desejei,
por ser frontal, e evitar o sofrer,
sem razão de ser,
porque a ilusão...é assim...não é verdadeira,
pode ser tudo menos uma brincadeira,
ela toma conta dum todo,
o eu mais bem resguardado,
que vai fundo, não o quero tocado,
pois é aí que ela se aloja,
sem ponta de compaixão,
enquanto lutei, sofria...
e forçando, forçando, não conseguia,
desisti...o tempo veio, sem avisar,
quando acordei, já nada havia...
só a amargura...triste desilusão,
de cinzento vestida,
despida de qualquer doce emoção,
reagi...chorei...gritei...sorri,
falei, contei, perguntei, avivei
memórias passadas, para nada....
cada vez mais me enterrava...
me amordaçava, me obrigava,
a viver toda a trágica nota,
numa frase musical apenas...
sem construir nenhum modelo,
apenas queria chegar perto,
bem perto, duma triste sinfonia!
ficava-me ao menos a música,
podia ouvi-la, eternamente..pois.
nunca acabaria, assim, de repente!
Bedina
2006