sexta-feira, agosto 03, 2007
..."uma família alargada"...
quatro gerações convivem
amam, protegem e sobrevivem…
os extremos tocam-se em ternura,
compadecidamente, fazendo seus
os pequenos nadas dos que se queixam!
os do meio, preocupados,
testa enrugada, em plena actividade,
olhando por uns e por outros
estendendo a mão ao mais urgente
assumindo os problemas de toda a gente!
aos intermédios é dado o benefício da dúvida
actuam e intervém em toda e qualquer altura
o dia a dia é por sua conta e risco, e duro,
não há benesses para nenhuma destas gerações
num complicado sistema social feito de aflições!
e assim vão vivendo as quatro gerações
amando-se, mesmo quando se degladiando
amparando-se mesmo que não concordando,
são a família, por excelência, nesta sociedade
muito retirada dos bons valores da decência
recheada de perigos sempre na eminência
de exercer poderosos “castigos” sem complacência…
é uma luta constante mas bem compensada, diria,
e defendem-se assim numa família tão alargada:
montando o núcleo resistente… aproveitando a alegria!
Bedina
2007
terça-feira, julho 31, 2007
...sonhador...
ingenuidade pensar sempre o bem
sem nem se interrogar um pouco,
será de nascença ou pressupõe-se
que se viveu enganado durante anos
bebendo dum trago as chuvas alheias
como se do melhor doce se tratasse,
crer no sonho, no perfeito, não ver
o que à frente dos olhos aparece…
a realidade e todos os seus contornos
podem ser pintados e deslizarem
por entre as relações com toda a verdade
mas serem vistas apenas na parcialidade
pelas almas mais ingénuas e que amam
a pureza, o belo, a harmonia e somam
toda e qualquer bondosa qualidade
ao gotejante como se corrente fosse!
de ilusão em ilusão se vai andando
criam-se momentos de êxtase
elevados ao mundo das estrelas
dum firmamento que se queda e olha
de pálido sorriso de quem sabe
que a ingenuidade da realidade afasta,
não previne o mal e desarma o que
se sente e que é, por vezes, coisa nefasta!
postura e atitudes destas confundem…
julgando que sim, talvez não tragam a felicidade
mas podem emitir um sorriso a toda a humanidade!
Bedina
sem nem se interrogar um pouco,
será de nascença ou pressupõe-se
que se viveu enganado durante anos
bebendo dum trago as chuvas alheias
como se do melhor doce se tratasse,
crer no sonho, no perfeito, não ver
o que à frente dos olhos aparece…
a realidade e todos os seus contornos
podem ser pintados e deslizarem
por entre as relações com toda a verdade
mas serem vistas apenas na parcialidade
pelas almas mais ingénuas e que amam
a pureza, o belo, a harmonia e somam
toda e qualquer bondosa qualidade
ao gotejante como se corrente fosse!
de ilusão em ilusão se vai andando
criam-se momentos de êxtase
elevados ao mundo das estrelas
dum firmamento que se queda e olha
de pálido sorriso de quem sabe
que a ingenuidade da realidade afasta,
não previne o mal e desarma o que
se sente e que é, por vezes, coisa nefasta!
postura e atitudes destas confundem…
julgando que sim, talvez não tragam a felicidade
mas podem emitir um sorriso a toda a humanidade!
Bedina
2007