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quinta-feira, dezembro 13, 2007

 

...o processo Casa Pia...


continua a violência…

pobres seres martirizados
corajosos denunciaram…

as perícias nunca mais acabam
as idas a tribunal eternizam-se
os algozes que os vêm por lá
trazem-lhes à memória
o que os impediu de crescer
com a habitual alegria
das crianças normais,
que os marcaram para a vida
com o maior horror conhecido
o que eles sentem sabe-se:
discriminados, seres abjectos
pela sociedade olhados
como mentirosos sem nem
ao menos lhes poderem
mostrar na cara as cicatrizes…

não, eles não têm a defesa
que lhes era justa… nem isso!
que mais precisam os juízes
para continuarem a insistir
em eternas perícias?…


são os jogos dos senhores
que mais pesam e valem
a verdadeira justiça essa
já não acreditam nela…

sofrem pressões de todos os lados
quem os defendia tornou-se
de repente e num ápice
em alvos a abater…
sociedade que podre estás!
o que se passa é difícil de aceitar
e muito menos de entender!

pobres acusadores incriminados
arrependidos devem estar
de alguma vez pensar
que poderiam a isto sobreviver
e que os culpados condenados,
por estes horrores, deveriam ser!

“eram crianças pequenas Senhor
porque lhes dais tanta dor?”

Bedina

Dezembro 2007

segunda-feira, dezembro 10, 2007

 

..."gente"....










gente…

incontornáveis barreiras,
água nas veias em vez de sangue,
emudecidas perante a derrocada
violenta dos valores da nação,
de costas voltadas à desgraça social
e dizem-se “gente”???
são uns incapazes de coração
vão em bandos atrás da inércia
votando em males menores
daqueles que nada mudam
mas que mantém polvos gigantescos,
activos tentaculares, devoradores
de todos os melhores valores!

desconheço esta meteorologia,
esta permanente tempestade
encapotada pelo poder corrompido
que já nem se importa de fazer ruído
“não faças o que ele faz, faz o que ele diz”,
impunidade e criminalidade forçosa,
não sei de que massa se trata,
já não conheço o meu amado país!

ó triste realidade que me matas
de tanta revolta e indignação…
devolve-me o sono tranquilo,
dá-me a força sem resignação,
e que uma luta até à morte
seja sempre o meu mote!






Bedina








Dezembro de 2007

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