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quarta-feira, outubro 19, 2005

 

...O SILÊNCIO...

De o “O elogio do silêncio”
(de Marc de Smedt)



“””(……)Revela-se uma excelente definição do segredo, facto perfeitamente ilustrado pela fórmula: a lei do silêncio; e também do esquecimento: o silêncio rodeou o caso.

Aplicado de modo figurado, ele significa a calma, a ausência de ruído: uma floresta silenciosa, caminhar em silêncio. Assim como a ausência de agitação moral e interior:
impomos o silêncio aos nossos sentidos, às nossas paixões, aos nossos pensamentos.

Então chegamos a definições mais técnicas: interrupção de um ruído, pausa na música; distinguimos sete silêncios: a pausa, a meia pausa, o suspiro, o semi-suspiro, o quarto, a oitava e a décima parte do suspiro…

No domínio da fala, o vocábulo descreve uma suspensão no discurso (aposiopese); na escrita denomina as elipses; e na pintura, define uma zona de tranquilidade na composição de um quadro. Por fim também assinala uma interrupção numa transmissão telegráfica.

(……) a palavra silêncio é suficientemente rica para extravasar o quadro destas definições: encontramo-la no vocabulário do amor (amar em…), da dor (sofrer em…)e de diversas emoções: um silêncio pode ser, na verdade, eloquente, obstinado, marcante, sombrio, desgostoso, aprovador, contrariado, consternado, glacial, religioso, pudico, discreto, imposto, confuso, rancoroso, alegre, pesado, mortal, e vamos ficar por aqui.

…existem tantos silêncios como adjectivos ou estados psicológicos.

…existem espaços de silêncio, um mistério de silêncio a conquistar.(……)”””


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