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quarta-feira, outubro 05, 2005

 

PÔR DO SOL...de cada vez...

pôr???
onde???
Fim de tarde..hora dura...áspera..crua,
Difícil de suportar, hoje para a aguentar,
Sentei-me numa pedra,
Bem em cima da praia, junto ao mar,
Sozinha, comigo só estava eu...
Temperatura amena, doce, sem vento,
Praia sem gente, serena,
fiquei quieta...e olhei fixamente o sol pálido,
lá longe, e perguntei-lhe....
não me respondeu, mas iria jurar que sorriu,
pois o reflexo que vi na água,
deu-me um arrepio...estremeci...
de prazer, mas continuei quieta, imóvel,
as águas, que no mar são sempre vivas,
pequenas ondulações, disseram-me:
faz assim contigo, pequenas...as emoções,
sente..sente a vida...vibra...bebe!
o feixe de luz, era ele, reflectido,
o meu amor, forte, trasparente, querido,
tão ao longe............inatingível,
e continuei, embebida, na fantasia,
enebriada de tanto sentir,
a musica que o mar me fazia ouvir,
tão rica e diferente, era a sinfonia,
e então...
(pasmo o meu, agora, passada a hora)
conheci o valor “do que se põe”,
para voltar...e voltar...em cada dia,
sem se cansar, dando a cada ser,
o que ele souber, quiser perceber!
Eu, senti paz, ternura, e sem mesmo me aperceber,
Voltei a ter a mesma força e vontade de viver!

De como a natureza de mim se apodera...
Com a singeleza do seu eterno ciclo,
Capaz de fazer esquecer, o imbecil,
Que pega no belo e o torna vil!
É isso, nada a conspurca,
Se não quisermos, mas é preciso
Deitar fora todo o simbolismo,
Negativo, bera, usado para embeiçar,
Quem não entende nada de nada,
Quem não distingue, aquilo que vale,
Daquilo que é e só, uma miragem,
que só o coração aberto e puro,
consegue captar, consegue amar,
se contenta com o que vê e toca,
e imagina os elos mais preciosos,
entre os seres, os que são simples,
que sabem “pôr” em tudo, aquilo
que todos os dias “se põe”....

Bedina
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