terça-feira, novembro 22, 2005
...forma de usar palavras...
Poesia…
A delicia de engendrar,
Com ritmo, com som,
Escolhendo as palavras para jogar,
Poder ir transmitindo,
A qualquer ser vindo
Seja de onde for…
O que a alma sente ,
Vai vivendo, vai percebendo,
Ou simplesmente vai sendo…
Partindo a brita com calor!
Hoje aqui vai a ideia…
Do que ontem senti…e…do
Que, prevejo, seja o amanhã
Um produto mesclado,
De sentimentos colados
No tempo presente,
Que incluem o passado,
Como incógnita…o futuro,
A não previsível resolução,
Sem ser por adivinhação…
No tempo, o “bocadinho”…
Usufrui por minha predilecta
Noção mínima dele mesmo,
Onde o pior e o melhor
Se encontram, se fundem,
Deixando a mensagem
Para que outro…igual,
Faça de mim a estalagem!
Que a forma seja movimento,
E o vento, uma passagem…
Há regras a cumprir,
Dizem os sábios, letrados
Quanta razão eles têm!
Será lícito não as conhecer?
Quando de poesia,
Se trata e se quer fazer?
Liberdade sim, admite-se,
Contra a métrica, sim, rebele-se,
Mas contra a beleza a que ela incita…
Por favor…que não se permita!
O soneto é lindo, canta-se…
As quadras rimadas, essas,
Espantam-se quando aparece
Um poema solto, liberto…
Que de tocar fundo estremece,
O ser que o lê, e nele vê,
Tudo aquilo que escondido,
Sempre velado permanece!
O conteúdo? ó semântica!
Do quanto a palavra, tem contida!
O poeta é músico sem notas,
É sinfonia com orquestra
Contratada, harmonia
Por ele retratada, frases
Elaboradas, estruturadas,
Em plena sintonia!
Canta, chora, lamenta,
Sempre com o doce ruído,
Ou o áspero proibido
Que uma partitura enfrenta!
Poesia…amada poesia,
Eu não te dizia????
Que encerras em ti mesma,
Um mundo de artes misturadas,
Nem te escapa a paleta,
Com cor mais ou menos romântica,
Consoante o estado de alma,
O poeta permite que a pena
Descreva, remexa, triture,
Toda a verdade, até a satânica,
E elevada! (que não sature)!
Bedina