terça-feira, dezembro 13, 2005
...PAIRANDO...
De repente e sem mais nada
Vens tu ó nuvem calada…
Cinzenta e ameaçadora,
Queres que tenha por ti medo?
Queres que sinta tremendo
Um arrepio de temor?
Que estremeça, ou até chore…
Queres lembrar-me a minha dor?
Enfrento-te bem direita,
Cabeça erguida, frontal,
Por meu peito tanto passa,
E ela é tanta, a maleita,
Que se mostrasse o que tenho
Dentro do meu interior,
Arredavas-te com empenho,
Fugias do meu desamor!
Năo falas…apenas “dizes”,
Eu entendo o teu clamor,
Conheço nuvens bem altas,
Que mesmo brancas e fartas,
Bem cheias ou esfiapadas,
Trazem recados ou “cartas”,
Fingindo serem de amor,
E apenas delas recebo, recados p’ra pecador!
Um dia quando houver vento
Que me seja de favor…
Volta ó nuvem calada…
Quero conhecer-te melhor,
Talvez eu esteja enganada…
Talvez estejas disfarçada,
Prometo olhar-te bem se eu for…
Para ti a destinatária, ó nuvem branca sem cor!
Bedina
Fevereiro de 2005
Vens tu ó nuvem calada…
Cinzenta e ameaçadora,
Queres que tenha por ti medo?
Queres que sinta tremendo
Um arrepio de temor?
Que estremeça, ou até chore…
Queres lembrar-me a minha dor?
Enfrento-te bem direita,
Cabeça erguida, frontal,
Por meu peito tanto passa,
E ela é tanta, a maleita,
Que se mostrasse o que tenho
Dentro do meu interior,
Arredavas-te com empenho,
Fugias do meu desamor!
Năo falas…apenas “dizes”,
Eu entendo o teu clamor,
Conheço nuvens bem altas,
Que mesmo brancas e fartas,
Bem cheias ou esfiapadas,
Trazem recados ou “cartas”,
Fingindo serem de amor,
E apenas delas recebo, recados p’ra pecador!
Um dia quando houver vento
Que me seja de favor…
Volta ó nuvem calada…
Quero conhecer-te melhor,
Talvez eu esteja enganada…
Talvez estejas disfarçada,
Prometo olhar-te bem se eu for…
Para ti a destinatária, ó nuvem branca sem cor!
Bedina
Fevereiro de 2005