sexta-feira, junho 30, 2006
...opacidade conveniente...
poeira…
em cada momento
um ténue nuvem
tapa do olhar
indiscreto
um interior imaculado
que teima
em não ser manchado
se esconde e se protege
debaixo desse pó
se confunde com a paisagem
mas nada de real…
apenas aquela
incrível sensação
de que custe
o que custar
se vai preservar
a intimidade…
é ela a garantia
dum todo contínuo,
intacto, cheio de ideal…
aqui não entra magia
(às vezes apetecia)
o puro não se dissocia
do seu norte, o seu eu,
o conteúdo fortificado,
fazendo render o talento,
tal como Deus o deu!
Bedina
Junho de 2006