quinta-feira, dezembro 28, 2006
...sonho simples...simples sonho!...
sonho simples…simples sonho!
passeando, deambulando
por vales e montes cerrados
fui andando e encontrando
em cada canto um sinal…
de início mal os percebia
as flores eram flores
as árvores eram árvores
e sem ser as cores
pouco ou nada os distinguia
engano dos enganos!
nada estava mais mal percebido
cada ponto tinha valor acrescido
assim uma flor era o conjunto
das suas belas pétalas de cetim
cada árvore tinha uma folha
desenhada de forma diferente
a textura, a cor, o tom, o viço…
mas que me dizia isto a mim?
era uma oferta da natureza
poder estar parada a contemplar
tamanha variedade e beleza
não é sorte de muitos o que
a mim se estava a proporcionar!
o sonho chega das mais diferentes maneiras
e alimenta-se de todo o pequeno grão
que queiramos ver com atenção…
dirige o olhar ao ponto, capta
e guarda na sua memória,
e todas as funções são muito certeiras…
o ramo final de ideias que construí
tem a forma de um castiçal,
o conteúdo duma vela por arder,
o sabor duma obra de arte genial
o grato sentido de ser meu sem o saber,
nada me foi recomendado, apenas intui…
com a destreza dos observadores
retirei duma bela paisagem em bruto
a construção dum sonho impoluto!
para outro será o habitual…
da minha inteira autoria é o original!
Bedina