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segunda-feira, fevereiro 26, 2007

 

...abrir as asas...







Levantar as asas....

Aí vou, sem olhar para tràs.
estou aprendendo a voar,
sem medo, sem receio,
tentarei ser eu mesma,
sem nada nem ninguém de permeiro,
papel: o meu companheiro,
ajudado pela caneta, musica, e cheiro.
Tenciono arder nas nuvens,
ou refrescar-me ao sol, se quiser,
se me apetecer,
sem falar, sem ter de explicar,
o quê, como, onde, quanto?
O tempo, desfaço-o em mil bocadinhos...
O espaço é o prolongamento do meu corpo,
dos meus pensamentos,
da minha auto-imagem, lá no topo.
Quero estima de mim para mim,
quero ser eu, sem mim, e mim sem eu,
experimento...verei...entenderei,
estou tão aberta, tão sequiosa,
que tudo o que aprender, perceber,
me fará, senão eufórica, pelo menos vaidosa,
Vou sentir falta de carinho?
ou a ternura imensa, dos braços que me apertam,
sem eu pedir, e me concertam???

Pode ser início de vôo,
Mas não posso prever o que se segue,
De tudo farei, me resguardarei,
Limpeza da alma, da cabeça, declarei,
Porque o que mais quero é voltar a ser alegre!
Se a tanto me arrojo, saberei construir,
O quê, não sei, logo verei, mas a sorrir!

Bedina

2004


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