domingo, abril 22, 2007
...pintando a minha vida...
O Quadro da minha vida!
Tão completo…e incompleto!
O pintor hesitou…(demais).
Deixou um pouco pálidas
Certas zonas que gostaria,
Desejava, fossem de tons tais,
Que eu nunca as esqueceria,
Nunca, mas nunca mais!
Pincelada larga…arrastada,
Profunda…com emoção,
Em que pensavas tu então?
Porquê a escolha do tom
Neutro suavizado?
Onde está o intenso odor,
Do castanho, do tom avermelhado?
Eu vejo a zona onde estão…
Não fui eu que a escolhi,
Mas é fruto da intensa paixão,
Que em tudo ponho no que vivi!
A suavidade, ternura,
Comoção, amor com brandura,
Estão naquele canto ali…
O fundo é dum tom sem igual,
É cor que não conheço,
Não tem nome
Mas é homogénea…estável,
Própria e única, circula
Em torno de si própria
E é amável!
Tanta forma, recordação
De cada momento, com linha traçada,
Construções que vêm de trás,
Que surgiram primeiro do quase nada,
Código genético voraz,
Impositivo, determinante,
Procurei que não fosse dominante!
Quadro longe…muito longe
De, apesar de começado,
Eu poder reconhecer, interiorizado,
Numa soma adquirida de pequenos,
Grandes momentos, o resultado…
Falta o hoje ser pintado,
Um dia, quem sabe vê-lo-ei terminado
Ou aos que depois de mim o virem,
Se possa tornar claro, uma vida
Como qualquer outra que tem,
Teve e foi, um alto significado
Para si mesmo, um saber continuado,
E de anteriores quadros decifrado,
Para o meu poder ter começado!
Tão completo…e incompleto!
O pintor hesitou…(demais).
Deixou um pouco pálidas
Certas zonas que gostaria,
Desejava, fossem de tons tais,
Que eu nunca as esqueceria,
Nunca, mas nunca mais!
Pincelada larga…arrastada,
Profunda…com emoção,
Em que pensavas tu então?
Porquê a escolha do tom
Neutro suavizado?
Onde está o intenso odor,
Do castanho, do tom avermelhado?
Eu vejo a zona onde estão…
Não fui eu que a escolhi,
Mas é fruto da intensa paixão,
Que em tudo ponho no que vivi!
A suavidade, ternura,
Comoção, amor com brandura,
Estão naquele canto ali…
O fundo é dum tom sem igual,
É cor que não conheço,
Não tem nome
Mas é homogénea…estável,
Própria e única, circula
Em torno de si própria
E é amável!
Tanta forma, recordação
De cada momento, com linha traçada,
Construções que vêm de trás,
Que surgiram primeiro do quase nada,
Código genético voraz,
Impositivo, determinante,
Procurei que não fosse dominante!
Quadro longe…muito longe
De, apesar de começado,
Eu poder reconhecer, interiorizado,
Numa soma adquirida de pequenos,
Grandes momentos, o resultado…
Falta o hoje ser pintado,
Um dia, quem sabe vê-lo-ei terminado
Ou aos que depois de mim o virem,
Se possa tornar claro, uma vida
Como qualquer outra que tem,
Teve e foi, um alto significado
Para si mesmo, um saber continuado,
E de anteriores quadros decifrado,
Para o meu poder ter começado!
Bedina
2005