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domingo, abril 13, 2008

 

...o passo





um passo com a medida dum palmo da mão
vagaroso vai deslizando sem calhas por perto
sem pedir autorização simplesmente vai andando
sem indicação certa nem porto à vista…
ao sabor da vaga do momento consoante o vento
sem parar ao comando e de proa sempre em rista…

o controlo que era preciso não existe
perdeu-se algures no meio da multidão
num dia de temporal negro assustador
e para isso não se encontra perdão…
é seguir em frente sem olhar para os lados
e com atenção aos escolhos isolados…

um dia parte-se a corda do remo da vida
sem norte seguirá o barco rio abaixo
onde irá parar ninguém pode prever


será por certo algo muito de repente
que vai poder contrariar a corrente
fazer encalhar… é o triste acontecer!

Bedina
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