sexta-feira, abril 18, 2008
...temporal
chuva de pedra…
pesada e gélida a cair
em pedras transparentes
aos milhares ruidosas
num nunca acabar
pelas tardes invernosas…
o bater nos limites das tocas
seria uma sinfonia não fossem
as desafinações era uma harmonia
tem o seu lado belo e permanente
que cativa e deslumbra muita gente
que frente ao lume se aquece
do frio e do cinzento de cada dia…
forças da natureza não governadas
que nos infligem o temor
do desconhecido pela zanga
com que sobre nós desabam…
são eles os espíritos do mal
que castigam e são implacáveis
desde tempos imemoráveis…
há uma diferença agora
mudou o mundo não sei
se por influência da natureza
que se vê castigadora…
do homem tem vindo
a destruição dum planeta
que se queria amável
alterando o seu ciclo
e tornando o que era normal
numa fúria desmesurada…
já nada se comporta da mesma forma
tudo se exagera, sai da terra e a ela torna,
será o homem, o seu autor, capaz
de alterar de novo a sua sobrevivência
ou irá ficar, do novo mundo, em subserviência?
Bedina
2008