quarta-feira, junho 18, 2008
...tempestade
a tempestade…
começa a ficar denso o ar
pesado e irrespirável logo depois…
a sua influência nos seres humanos
é de tal forma evidente que mente
quem disser que não a sente…
fica-se irritável, de cenho cerrado,
intratável e sufoca-se pelo meio…
um grito bem dado e a tempo alivia
mas nem sempre faz desaparecer
o sinal que este ar pesado anuncia!
mal rebenta começa por ser um alívio
parece que se explodiu e as lágrimas
da chuva tudo lavaram, invadem as almas,
sossegam os espíritos mais inquietos
trazem interrogações aos mais acertados
mas e para todos é um momento de
grande descompressão, haja ou não razão…
pelo meio há quase sempre uma tensão
que dificilmente desaparece mesmo após
a acalmia dessa tempestade: a emoção!
quando a bonança chega desfaz-se o nó
deixado entalado em muita garganta
mas a serenidade, essa, é mais tardia e vem só…
Bedina
2008