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terça-feira, setembro 02, 2008

 

O “elogio” da mentira...

O “elogio” da mentira...


Conta...conta...e…
Conta, conta...,
Não!...pára!
Não digas mais nada,
Já percebi
E com mágoa,
É ela a crua mentira,
Tentativa vã
De se mostrar disfarçada,
Sedução usada,
Meia verdade para temperar,
Apimentada
Com sabor amargo,
De quem a sabe montar,
...dor demais, para suportar!

Saber mentir
É uma arte
Quem não o sabe,
Fica perplexo
Não tem nexo
Para o normalSignifica o sal
Para quem não se purifica
E que aprende esta forma
De estar, de manipular,
Para usufruir
Gozo lhe dar
No seu saber de mentir!
Nunca pára, há que treinar,
e a técnica “apurar”!

A minha alma retorce-se toda,
Apenas ao ouvir tal palavra
Odeio a falsa bondade, tola,
Capaz de enganar idiotas,
Mesmo os mais poliglotas...
!


Nada percebem, nada distinguem,
Sentem-se senhores, donos,
Detentores de toda a “verdade”
São os mais fáceis de seduzir,
E se por acaso dão conta disso,
Já é tarde, já houve compromisso!
Chegam a deitar fora o ouro...
Relação verdadeira por dentro e por fora,
Em proveito da mentira, a de agora!

Objectivo conseguido
Encantar, usar, chupar,
Enganar, driblar,
Com capa de santidade,
Juntando pura bondade,
Fingida, bem montada,
Ela, a mentira, afinal
Para todo o pérfido, é um meio,
Que usa, sem receio!

Se apanhado for...
Depende da gravidade,
O mantê-la com falso pudor,
Ou então sugerir uma meia verdade,
Fingindo que...há dor...


Será que sempre ganhará quem mente
Perante quem é sincero, que de repente,
E por longo tempo, lhe vê negado
O direito de exigir ser acreditado?

Bedina
2008
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