terça-feira, fevereiro 24, 2009
...pode ser qualquer um...
Não importa quem está no retrato…
Olhar indefinido, pestanas a valer,
Um colo a prumo e erguido
Um meio sorriso a derreter
Não há gestos nem sinais
Não há movimento sequer
Apenas ali estampado o rosto
Mais que parado do ocupante
Que se pretende retratado…
Depois… depois uma pincelada
Para tornar mais viva e apetecida
A imagem que se quer acabada
Mas que se torna pouco interessante
Porque afinal está muito parada
Não desperta curiosidade mas está lá
O tal retrato que em vez de sol é em fá,
Dum personagem imaginado, quiçá!
E o mais estranho é que pede
Para ser emoldurado…
Que fazer com tal assombração?
Fazer-lhe a vontade, pois então…
e…pô-lo em que lugar?
Numa parede despida de gente
Que esteja disposta a recebê-lo
E consinta em se deixar furar!
Bedina
Olhar indefinido, pestanas a valer,
Um colo a prumo e erguido
Um meio sorriso a derreter
Não há gestos nem sinais
Não há movimento sequer
Apenas ali estampado o rosto
Mais que parado do ocupante
Que se pretende retratado…
Depois… depois uma pincelada
Para tornar mais viva e apetecida
A imagem que se quer acabada
Mas que se torna pouco interessante
Porque afinal está muito parada
Não desperta curiosidade mas está lá
O tal retrato que em vez de sol é em fá,
Dum personagem imaginado, quiçá!
E o mais estranho é que pede
Para ser emoldurado…
Que fazer com tal assombração?
Fazer-lhe a vontade, pois então…
e…pô-lo em que lugar?
Numa parede despida de gente
Que esteja disposta a recebê-lo
E consinta em se deixar furar!
Bedina